11/06/2020 às 09h05min - Atualizada em 11/06/2020 às 09h05min
Veja os 11 foragidos da polícia do ES que pediram o auxílio emergencial
Falhas no sistema do governo federal permitiram que quatro deles obtivessem aprovação do pedido. Entre eles está chefe do tráfico no Bairro da Penha, em Vitória
Da Redação
O auxílio emergencial de R$ 600 do governo federal que deveria ser destinado à parcela mais pobre da população, que mais sofre com os impactos econômicos da pandemia de Covid-19, tem caído em mãos erradas. No Espírito Santo, pelo menos quatro dos bandidos mais procurados pela polícia capixaba obtiveram aprovação para receber o benefício.
A reportagem de A Gazeta consultou a situação cadastral de 20 dos 30 criminosos apontados como mais procurados no Estado. Onze deles fizeram o pedido. Entre os nomes, há homicidas, estelionatários, traficantes e até um dos chefes da facção criminosa que domina a região do Bairro da Penha, em Vitória.
Fernando Moraes Pereira, o Marujo, é o líder em liberdade do Primeiro Comando da Capital (PCV), facção que lidera o tráfico de drogas em bairros de Vitória e da Serra. Além dele, conseguiram acessar o auxílio emergencial Rafael Constantino Duarte, acusado de matar a companheira; Maurício Geciano Rodrigues (Mau-mau), suspeito de envolvimento no assassinato de um homem em um shopping em Vila Velha; e Luiz Pereira dos Santos (Mamute), apontado como um dos responsáveis por um tiroteio que vitimou um diretor de futebol, também em Vila Velha. Outros dois procurados tiveram o auxílio negado. É o caso de Antero da Conceição Arcanjo que, com 45 anos, já recebe aposentadoria. André Carolino da Silva também teve o pedido rejeitado porque o sistema do governo federal apontou que um dos parentes dele recebe o Bolsa Família.
Os outros cinco nomes da lista de criminosos mais procurados aguardam o processamento do pedido do auxílio emergencial. Ao todo, segundo relatório da Controladoria Geral da União (CGU), 27 mil foragidos da Justiça estão entre as pessoas que pediram auxílio emergencial em todo o país. Isso porque o sistema do Dataprev, que recebe os dados de quem pede o auxílio, não é ligado ao Banco Nacional de Mandados de Prisão. Veja abaixo informações sobre os 11 procurados pela polícia que entraram com o pedido de auxílio emergencial no Estado.
Fonte: A Gazeta