Observadores localizados em regiões do Hemisfério Norte terão a melhor visualização do fenômeno astronômico. Em seu pico, as pessoas poderão ver de 50 a 75 meteoros por hora, nas condições ideais. No Hemisfério Sul, a observação será um tanto limitada.
A maioria dos meteoros Perseidas são fracos, mas a fase da Lua no pico da atividade favorecerá a visualização dos meteoros. A Lua estará em fase crescente e não interferirá na observação como ocorreu no ano passado, explica o Observatório Nacional.
A visibilidade nas regiões Norte e Nordeste do Brasil ocorre devido à posição do radiante das Perseidas, que é visto na constelação de Perseu. O radiante é um ponto no céu de onde os meteoros parecem surgir.
“Quanto mais baixo está o radiante no céu, menor o fluxo de meteoros observado. E como as Perseidas estão baixas no horizonte, aqui no hemisfério sul, só será possível observar uma parte dos meteoros, cerca de um quinto ou um terço dessa região total que está irradiando”, explica de Cicco.
Para tentar observar as chuvas de meteoros é necessário estar em um local com baixa poluição luminosa. Recomenda-se que o observador procure um local escuro, se possível afastado das grandes cidades, para evitar a poluição luminosa. Além disso, deve-se apagar as luzes em volta e é imprescindível que o tempo esteja bom. O melhor horário para presenciar esse fenômeno será na madrugada do dia 13 de agosto, entre 3h30 e o amanhecer.
A Região Norte, considerada a melhor do país para observação, as pessoas poderão desfrutar de taxas máximas entre 25 e 40 meteoros por hora. Na Região Nordeste, as taxas máximas devem alcançar de 15 e 30 meteoros por hora. No Centro-Oeste, estima-se uma quantidade de oito a 20 meteoros por hora. Na Região Sudeste, a expectativa é de que sejam vistos entre cinco e dez meteoros. A Região Sul será a menos favorecida para a visualização do fenômeno, as pessoas poderão acompanhar a passagem de cinco meteoros por hora.
Esse fenômeno acontece quando a Terra passa pelas zonas de detritos deixadas pelos cometas. Eles são geralmente pequenos, desde partículas de poeira até pedregulhos e queimam rapidamente ao entrar em contato com a atmosfera do planeta. Conforme a rocha espacial cai em direção à Terra, a resistência do ar, atuando no meteoroide, ocasiona a ablação, formando um “rastro” brilhante.
Do ponto de vista científico, o estudo das chuvas de meteoros permite estimar a quantidade e período de maior penetração de detritos na Terra. A partir desse estudo, as missões espaciais e centros de controle de satélites podem elaborar meios de proteção de suas naves e equipamentos. Eles também importantes para o conhecimento da formação do Sistema Solar.