04/08/2020 às 11h30min - Atualizada em 04/08/2020 às 11h30min

Especialista destaca impactos da comunicação estratégica para os negócios

Segundo o Relações Públicas Rodrigo Almeida, benefícios em visibilidade e reputação são consequências do diálogo com o mercado e a sociedade.

Da Redação

O primeiro semestre de 2020 no Brasil contabilizou demissões, retrações em setores do trabalho, quedas percentuais na bolsa de valores e o fechamento de 522 mil empresas por causa da pandemia, segundo dados levantados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Considerada a pior crise econômica do país, o Governo Federal, em parceria com os municípios, tem apostado na flexibilização da quarentena e reabertura do mercado como últimas cartadas para deter uma versão abrasileirada do ‘crash de 1929’.

Mesmo com a retomada das atividades comerciais nas capitais de São Paulo e Rio de Janeiro, ensaiada também no estado da Bahia, um levantamento da ‘Culture Lab’ — intitulada "O relaxamento no Brasil" — indica que 76% dos brasileiros não concordam com o ‘relaxamento’ da quarentena. Inseguros sobre o retorno às ruas, a baixa movimentação de clientes e capital persiste abalando o mercado de trabalho e a confiança das categorias comerciais.

Segundo o relações públicas Rodrigo Almeida, a falta de planejamento empresarial é um dos fatores que tem levado instituições a fecharem as portas nos primeiros meses de aperto econômico. Apesar da acentuação gerada pela crise, o RP explica que o Brasil vem de um histórico de 4 anos consecutivos na última década — entre 2014 a 2017 —, em que o saldo de empresas fechadas supera as aberturas, moldando o perfil despreparado do empresariado brasileiro.

Para potencializar o retorno das empresas e o engajamento de clientes, o Mestre em Gestão e Tecnologia Industrial explica que a ‘Comunicação Estratégica’, unida ao planejamento empresarial, é fundamental para levar credibilidade, reputação e solidez de imagem às organizações. Segundo o RP, as consequências de manter uma boa comunicação com a sociedade e mercado leva estabelecimentos a passarem por situações de crise de forma mais branda, seja relacionada a imagem ou economia.

Para ilustrar, Rodrigo traz o case de empresas consolidadas no mercado, como o Magazine Luiza. Operando com 50% do faturamento, estima-se que a rede de varejo ainda tenha fôlego para mais dois anos de lojas físicas fechadas. O profissional de comunicação explica que o planejamento conjunto de administradores, contadores, empresários e o setor de comunicação leva empresas como a "Magalu" a permanecerem consolidadas no mercado, sem perspectiva de fechamento a curto prazo.

Instruindo profissionais liberais (médicos, arquitetos, escritores, consultores, agências, dentre outros) a usarem a comunicação estratégica para ganhar visibilidade, novos clientes, diálogo assertivo com o público-alvo, crescimento e reputação na pandemia, o Relações Públicas destaca 5 ações estratégicas de impacto direto para os negócios.

Confira abaixo:

COMUNICAÇÃO

"Essencial para que a comunicação empresarial alcance os objetivos almejados, a comunicação estratégica — alinhada à missão, visão e valores da organização; torna o planejamento estratégico no seu diálogo com os públicos mais assertivo, tanto no alinhamento dos canais de suporte, como na resolução de conflitos e tomada de decisões", explica o gestor da Agência CRIATIVOS.

POSICIONAMENTO

"O posicionamento empresarial é substancial para que a organização obtenha vantagem competitiva frente aos concorrentes. Podendo ser planejada com focos distintos, a exemplo de preço, acessibilidade e benefícios, o posicionamento bem definido direciona a comunicação de forma consistente à expectativa fim. Vale investir em assessoria de imprensa e relacionamentos estratégicos".

MERCADO

"Utilizar a comunicação estratégica aliada à inteligência de mercado leva em conta dados, evidências e fatos a fim de qualificar a tomada de decisões empresariais".

MARCAS

"Criar estratégia de marca não é mais uma opção empresarial, mas uma necessidade. Com base no planejamento estratégico da organização, um negócio/serviço ‘comum’ pode virar uma marca respeitável, estabelecendo ainda mais valor para o mercado e agregando credibilidade e confiança ao produto/serviço entregue".

PESSOAS

"A gestão estratégica de pessoas dentro de uma empresa está intimamente conectada à sua cultura organizacional. Entender que pessoas e setores são essenciais no desenvolvimento do negócio, reconhecendo a importância de um modelo sistêmico da gestão, favorece o aprimoramento dos processos, satisfação do corpo laboral, melhora do clima organizacional, ampliação de ‘outputs’ positivos, alinhamento dos fluxos, solidez de marca e crescimento de mercado", conclui.


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