A medida foi solicitada pela Câmara de Controle Externo da Atividade Policial, órgão ligado a Procuradoria-Geral da República (PGR).
No início da noite, o vice-procurador-geral Eleitoral, Paulo Gonet, pediu ao presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ministro Alexandre de Moraes, a adoção de providências para restaurar a normalidade do trânsito nas rodovias. A medida foi enviada ao tribunal por ser entendida como protesto pelo resultado das eleições.
Gonet pediu ao TSE que medidas sejam determinadas à PRF para evitar o agravamento dos bloqueios e garantir o livre trânsito de veículos e pessoas. “Desafios dessa espécie atingem o processo eleitoral, no que tange à sua legitimidade e eficácia como forma de expressão da vontade popular”, diz o documento.
Ontem (30), após o anúncio da vitória de Luiz Inácio Lula da Silva para a Presidência da República em segundo turno, grupos de caminhoneiros iniciaram bloqueios em diversos pontos do país.
Segundo balanço parcial da PRF, divulgado no início da noite, houve bloqueios em pelo menos 20 estados. Entre os que tiveram maior número de casos, Santa Catarina registrou 42 bloqueios, Mato Grosso do Sul, 32 interdições, Paraná teve 18 interdições e 6 bloqueios, Pará teve 17 interdições, mesmo número de Rondônia. Goiás registrou 10 interdições, Rio de Janeiro, 9 interdições, São Paulo teve 7 bloqueios.
Em praticamente todos os casos houve intervenção da PRF, na tentativa de desobstruir as pistas em diálogo com os manifestantes, muitas vezes sem sucesso. No meio da tarde desta segunda-feira (31), um grupo tentou parar a Ponte Rio-Niterói, mas foi logo contido pela Polícia Militar (PM), que liberou o trânsito.
Por meio de suas redes sociais, a PRF informou, há cerca de 35 minutos, que 75 manifestações foram desfeitas
Matéria atualizada às 21h09 para acréscimo do posicionamento da Polícia Rodoviária Federal.