A obrigatoriedade do uso de máscaras em diversas cidades brasileiras para evitar o contágio da covid-19 criou oportunidade para negócios extensa cadeia produtiva de fornecedores, que envolve desde grandes indústrias têxteis e confecções com marcas à venda no varejo, até pequenas oficinas de costura que prestam serviço local para conserto de roupas.
Participe do nosso grupo de whatsapp exclusivo de notícias e vagas de emprego clicando aqui
Com o intuito de ajudar e fomentar a economia, listamos abaixo algumas pessoas que estão produzindo máscaras no Sul do ES. Quem quiser ser adicionado, é só colocar seu perfil nos comentários.
Facebook
Quezia Trindade
Lu França
Mirian Ângelo
Mara Picoli
Vó Gilda Sutil
Raquel Siqueira
Kenny Mazioli
Instagram
Elaine Máscaras
Viviane Lupim
JC Hand Made
Eliane Bastos
By Lili Ateliê
Isaura
O uso de máscara é compulsório para a circulação das pessoas nas duas maiores capitais: São Paulo e Rio de Janeiro. Os estados da Bahia, Espírito Santo, Goiás, Mato Grosso, Minas Gerais, Pará, Pernambuco, Piauí, Rondônia e Santa Catarina também adotaram medidas para as pessoas portarem a proteção. No Distrito Federal, a partir do dia 11 de maio quem estiver sem máscara nas ruas ou locais públicos poderá ter que pagar multa de R$ 2 mil.
A proteção exigida às pessoas pode ser a “tábua de salvação” da cadeia produtiva que estava paralisada por causa do fechamento do comércio e da diminuição de circulação das pessoas, conforme estabelecido entre as medidas de distanciamento social, avalia Anny Santos, coordenadora nacional de moda do Sistema Sebrae.
Ela considera que “junto com o turismo e a economia criativa, a moda foi um dos setores mais afetados.” Segundo ela, a moda e o artesanato “perderam apelo de compra”. Isso porque, “a população está mais receosa com o consumo, e os gastos são feitos com alimentação, compra de produtos de higiene, medicamentos e outros itens na farmácia”.
Anny Santos assinala que a demanda criada com a obrigatoriedade das máscaras pode ser atendida com a capacidade instalada na cadeia produtiva. “A confecção de máscaras não exige adequação da linha de produção e nem aquisição de novas matérias primas.”
Em Brasília, pequenos empreendedores readaptaram suas atividades para fornecer máscaras artesanais de pano e assim viabilizar seus negócios. Esse é caso da Absorvy Produtos Sustentáveis que vendia artigos femininos e produtos de uso reciclável como canudos de silicone reutilizáveis e agora tem como carro-chefe do seu perfil no Instagram máscaras de pano, inclusive com estampas de times de futebol, super-heróis e personagens infantis, confeccionadas por três costureiras que moram na periferia de Brasília.
O mesmo movimento fez Maria Jília Chelini que há quatro anos se dedica ao seu negócio, “Faz pra Mim? Atelier”, especializado em brinquedos pedagógicos de tecido e feltro. Ela trabalha sozinha em sua casa com máquina de costura. Depois de confeccionar máscaras para a família, postou imagens no Instagram de sua loja virtual e começou a receber pedidos.
“Eu gosto mesmo é de fazer brinquedos, mas do ponto de vista econômico, as máscaras estão nos salvando”, descreve ao recomendar: “quem precisa tem que fazer conversão de suas atividades.”
A fisioterapeuta Gabriela Junqueira não teve medo de se adaptar. Após se preparar durante o segundo semestre do ano passado fazendo cursos no Sebrae para abrir seu negócio e investir na compra de estúdio de pilates, a interrupção das aulas presenciais fez Gabriela procurar outra atividade.
Muito habilidosa em trabalhos com retalhos de tecidos (patchwork), ela aprendeu com uma amiga a fazer máscaras e criou produtos personalizados e até para bebês. “Eu estou fazendo coisas boas e pagando as minhas contas”, comemora após ter feito em quatro semanas 300 máscaras e ter doado parte da produção.
O Sebrae publicou em seu canal YouTube um vídeo que trata da adaptação das confecções de roupa à produção de máscaras. O filme contém tutorial sobre a peça e pode ser útil à pequenos empreendedores e a toda a cadeia do varejo têxtil que antes da crise empregava mais de 900 mil pessoas.
Para a grande indústria, convocada a fornecer máscaras cirúrgicas e equipamentos de proteção individual (EPI) para uso das equipes de saúde, a Associação Brasileira da Indústria Têxtil e de Confecção (Abit) publicou em seu site uma página para tirar dúvidas e divulgar links com as especificações técnicas exigidas pelas autoridades sanitárias.
Já a Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial (ABDI) criou uma plataforma na internet para aproximar a demanda de hospitais e instituições públicas por EPI dos fabricantes fornecedores. Quem precisa comprar os equipamentos de proteção e quem tem produto a oferecer deve se cadastra na plataforma.