Nos primeiros minutos da partida, os gritos de apoio da torcida predominavam, principalmente quando Neymar sofreu uma falta que rendeu cartão amarelo ao jogador sérvio Pavlovic. “Tinha que levar cartão mesmo. Foi uma falta covarde”, disse a auxiliar administrativa Maria Silveira, 33 anos.
Após os 20 minutos do primeiro tempo, o Brasil começou a chutar ao gol, mas sem sucesso. Por pelo menos três vezes, o público suspirou quando a seleção perdeu chances de marcar na cara do gol. Principalmente com o atacante Raphinha, que chutou fraco demais e perdeu o gol aos 34 minutos do primeiro tempo e no primeiro minuto do segundo tempo.
Aos 14 minutos do segundo tempo, mais um grito de gol contido, quando o lateral esquerdo Alex Sandro chutou na trave. Apesar do jogo travado, o apoio à seleção brasileira continuou. “Tem que chutar mesmo para meter pressão e deixar o adversário cansado”, declarou o vendedor autônomo Luiz Carlos Medeiros, 52 anos.
A aflição só deu lugar ao alívio quando Richarlison conseguiu superar a forte marcação sérvia e marcar o primeiro gol do Brasil na Copa, aos 18 minutos do segundo tempo. O jogador aproveitou um rebote do goleiro sérvio, Vanja Milinkovic-Savic, e marcou.
Aos 28 minutos do segundo tempo, a euforia voltou a ceder lugar ao alívio, quando Richarlison ampliou a vantagem da seleção brasileira. Depois de dominar a bola para cima, o atacante marcou o segundo gol de voleio. “A Sérvia montou uma muralha, mas era só o Brasil furar a defesa para o adversário ficar nervoso”, disse o motorista Sílvio Moreira, 37 anos.
Com o Brasil dois gols à frente, o técnico Tite optou por fechar a defesa da seleção brasileira e fez quatro substituições. Trocou Lucas Paquetá por Fred e Vinícius Júnior por Rodrigo. Minutos depois o treinador substituiu Richarlison por Gabriel Jesus e Neymar por Antony. Aos 42 minutos do segundo tempo, Raphinha cedeu lugar a Gabriel Martinelli. As trocas dividiram opiniões.
“Tite poderia ter deixado o esquema de ataque por mais tempo para o Brasil marcar 3 a 0”, protestou o cozinheiro Marcos Mendonça, 44 anos. O enfermeiro Valério Cavancanti, 27 anos, considerou adequadas as substituições. “É importante que os jogadores sejam poupados para as próximas partidas. A vitória já está garantida, não faz sentido pôr os atletas em risco”, comentou.