07/12/2022 às 20h57min - Atualizada em 08/12/2022 às 00h00min
Violência contra mulher é o foco da campanha Laço Branco
Campanha visa conscientizar sobre os canais de denúncia da violência contra a mulher, em especial o Ligue 180, que recebeu cerca de 65 mil denúncias só no primeiro semestre.
Criada no Canadá em 1989 a campanha Laço Branco foi uma reflexão de homens que também decidiram falar de violência contra mulher, disse a ministra da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos, Cristiane Britto, entrevistada do programa A Voz do Brasil desta quarta-feira (7) dia em que a data é celebrada mundialmente. “Essa campanha a gente mobiliza os homens para falar dentro de casa, para falar no emprego, para falar em qualquer ambiente em que ele estiver sobre a importância de todo mundo combater a violência contra a mulher”.
Segundo a ministra, a campanha visa conscientizar os homens sobre os canais de denúncia, em especial o Ligue 180, que recebeu cerca de 65 mil denúncias só no primeiro semestre. O serviço funciona 24 horas por dia pelo telefone, pelo Telegram (digitando na busca” Direitoshumanosbrasil”) e pelo WhatsApp, por meio do número 61-99656-5008. “É importante dizer que o anonimato é garantido”. Britto alerta para os principais sinais de violência. “Aquela mulher que, de repente, ela se isolou da família, ela sempre diz não a qualquer tipo de convite social. Aquela mulher que de repente ela desenvolveu uma crise de ansiedade, que não consegue nem sequer falar o que está acontecendo. O primeiro sinal é o isolamento”.
De acordo com a ministra nenhuma mulher é vítima do feminicídio da noite para o dia. “Primeiro ela entra no ciclo da violência com agressões verbais. Depois ela é vítima de agressões psicológicas que podem perdurar por anos e ela sequer se dá conta que ela tá sendo vítima de violência”. Cristiane afirma que 80% das denúncias se referem a violência psicológica.
Casa da Mulher Brasileira
A ministra também falou sobre as Casas da Mulher Brasileira. Segundo ela, hoje são 7 casas e outras 32 estão em fase de implantação. O projeto foi reformulado e hoje as casas podem ser construídas em outros locais que não só capitais e de forma mais barata. “A gente está tentando chegar no interior. Na ponta em que a mulher mais precisa”, disse.