Mineiro de Ouro Preto, Djalma Côrrea participou do início do movimento tropicalista, em 1964, ao integrar o espetáculo Nós por exemplo, em Salvador, com nomes como Gilberto Gil, Caetano Veloso, Maria Bethânia, Gal Costa, Tom Zé e Perna.
Corrêa foi um dos fundadores do grupo Baiafro, na década de 1970, período em que também participou de trabalhos de Jorge Ben, Gilberto Gil e Caetano Veloso, além de ter integrado o show Doces Bárbaros, que marcou época, reunindo Gal, Bethânia, Gil e Caetano.
Sua parceria com Gilberto Gil inclui ainda uma viagem à Nigéria, para participar do Festival de Arte e Cultura Negra, em 1977, mesmo ano em que gravaram juntos o LP Refavela.
Na década de 1980, Corrêa lançou um LP próprio, Djalma Corrêa, todo dedicado à percussão, além de ter participado do álbum Quarteto Negro, com Paulo Moura, Zezé Mota e Jorge Degas.
Informações sobre o velório e o enterro do percussionista ainda não foram divulgadas por sua equipe e devem ser publicadas nas redes sociais.
O trabalho do artista pode ser conhecido em uma exposição no Museu do Pontal, na zona oeste do Rio de Janeiro, prevista para até janeiro de 2023. A mostra Djalma Corrêa – 80 Anos de Música e Pesquisa reúne fotografias e gravações do acervo do instrumentista e destaca seu trabalho de pesquisa de sonoridades africanas e afro-diaspóricas. A pesquisadora Cecília de Mendonça assina a curadoria compartilhada da exposição, junto com diretores do Museu do Pontal.
O percurso contado na mostra começa pela infância de Corrêa em Ouro Preto, onde se dão suas primeiras relações com a música e abrange sua formação na música popular, como baterista em Belo Horizonte e sua ida para a Bahia, para estudar nos seminários de música. Assim começa a trajetória que une erudito, popular e as tradições afro-baianas.
A mostra pode ser visitada de quinta-feira a domingo, das 10h às 18h, e a entrada é gratuita. O Museu do Pontal fica na Avenida Célia Ribeiro da Silva Mendes, 3.300, na Barra da Tijuca, zona oeste do Rio de Janeiro.