Como a investigação corre sob sigilo, a polícia não informou as conclusões do inquérito, se foi possível identificar de onde partiu o tiro que atingiu Felipe Silva de Lima e se alguém foi indiciado por essa morte.
As investigações iniciais apontaram que o tiroteio ocorreu após criminosos terem desconfiado que havia policiais sem farda dentro da comunidade. Lima e outra pessoa, que estavam em uma moto, teriam notado a presença de policiais à paisana monitorando a região. A polícia percebeu que os dois estariam armados, e o tiroteio começou.
“A principal linha [de investigação] seria de uma eventual intimidação pela presença dos policiais militares que foram descobertos dentro da comunidade”, disse na ocasião Elisabete Sato, diretora do Departamento Estadual de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP).
Inicialmente a polícia havia cogitado a possibilidade de que o tiro tivesse sido disparado por um dos policiais à paisana. “Nós temos um policial do P2 [policial à paisana], que se apresentou aqui e disse ter efetuado o disparo na direção da vítima. Muito provavelmente seja ele o autor do disparo [que matou a vítima]. Mas não dá para afirmar porque o disparo que atingiu a vítima foi de entrada e saída e não temos projétil para fazer o confronto do projétil com a arma que foi apreendida”, disse Sato durante entrevista em outubro do ano passado.
Procurada pela Agência Brasil, a Secretaria de Segurança Pública de São Paulo informou apenas que o caso corre sob segredo de Justiça, foi investigado e que foi relatado à Justiça em dezembro do ano passado.
A conclusão do inquérito policial foi também enviada ao Ministério Público de São Paulo, que pode pedir mais diligências, oferecer denúncia ou arquivar o caso.
À Agência Brasil, o Ministério Público informou que “está no prazo para análise do inquérito e se manifestará nos autos”.