“Para a presente safra, mesmo sendo ano de bienalidade negativa, a previsão é superior em 7,9%, na comparação com a safra colhida em 2022, quebrando o ciclo de evolução da série desde a safra de 2001, quando a Conab começou a acompanhar a safra da produção cafeeira no país”, disse o presidente da Conab, Guilherme Ribeiro, ao anunciar os números.
“Em relação ao conilon, é importante dizer que, após uma safra recorde, a perspectiva nessa temporada sinaliza certa redução do potencial produtivo em razão das adversidades climáticas registradas no principal estado [produtor], que foi o Espírito Santo”, disse o presidente da Conab.
Segundo a Conab, com relação à área total destinada à produção de café arábica e conilon, a estimativa é de que sejam utilizados 2,26 milhões de hectares. “Isso representa um aumento de 0,8% em relação à safra passada”, afirmou Ribeiro. Em 2022, a área utilizada para essas lavouras ficou em 1,9 milhão de hectares (produção); e 355,5 mil hectares em formação para posterior produção.
“Nos ciclos de bienalidade negativa, os produtores costumam realizar os tratos culturais mais intensos nas lavouras, promovendo algum tipo de manejo em suas áreas que só entrarão em produção nos próximos anos”, frisou o presidente da Conab.
Segundo ele, devido ao clima “muito desfavorável” em 2021, muitas lavouras não entraram na produção em 2022. “Agora, em 2023, quase 100 mil hectares de lavouras estão em produção, principalmente em Minas Gerais, onde essa produção é maior, mesmo sendo ano de bienalidade negativa”, explicou.
De acordo com o gerente de Acompanhamento de Safras da Conab, Rafael Fogaça, apesar da perspectiva de aumento na área em produção, a expectativa é de que haja queda no rendimento médio na comparação com a safra anterior, o que deverá “impactar na perspectiva de produção total, avaliada nesse primeiro levantamento em 17,51 milhões de sacas de café conilon beneficiado”, disse. O número é 3,8% menor que o volume registrado na safra 2022.