07/06/2020 às 17h26min - Atualizada em 07/06/2020 às 17h26min

Porto Central negocia gasoduto entre ES e Minas com investidores

Traçado deve ser o mesmo de um projeto de mineroduto que foi abandonado. Ideia é atrair ainda unidade de tratamento de gás para o Litoral do ES e levar o combustível até o Estado vizinho

Da Redação
Um novo gasoduto ligando campos do pré-sal no Litoral Sul do Espírito Santo até Minas Gerais está na mira da iniciativa privada. Com a aprovação do novo mercado de gás e a esperada redução do preço do insumo no país, investidores já estudam a viabilidade econômica de levar o gás produzido aqui para o mercado mineiro. A ideia é ligar o Porto Central, complexo industrial-portuário que deve ter a construção iniciada ainda neste ano em Presidente Kennedy, até a região metropolitana de Belo Horizonte em um duto de cerca de 500 quilômetros de extensão.

O projeto ainda está em fase de estudo e vem sendo tocado pelo próprio porto junto de investidores parceiros, que avaliam o potencial do empreendimento. O porto não operaria a estrutura, mas visa estruturar o projeto de modo que ele seja atrativo para terceiros, explica o diretor do Porto Central, Fabrício Cardoso Freitas. O empreendimento aproveitaria o traçado de um projeto de mineroduto no mesmo local que chegou a ser feito no passado pela Ferrous Resources (comprada pela Vale) mas que não foi para a frente. Ainda não há estimativa do investimento necessário para o projeto. "É um projeto em fase de estruturação que surgiu da oportunidade que foi o abandono pela Ferrous do projeto do mineroduto, que já tinha encaminhado o processo burocrático, e não quisemos deixar perder isso. Então, nós do Porto Central em parceira com investidores estamos tentando essa solução", comenta Fabrício.

Esse gasoduto de transporte consta na carteira de projetos do Plano Espírito Santo/Minas Gerais, firmado neste ano entre as Federações da Indústrias dos dois Estados e os governos locais. O plano prevê ainda uma unidade de tratamento de gás no Sul capixaba. Os projetos se conectam a chamada Rota 6, que consta em estudo da Empresa de Pesquisa Energética (EPE) e consiste na construção de um gasoduto marítimo para escoar a produção de gás dos campos do pré-sal do Litoral Sul Capixaba e do Norte Fluminense, já visando o aumento da produção nos próximos anos. Uma das possibilidades é que esse duto marítimo chegue ao Porto Central, o que demandaria quase R$ 2 bilhões em investimentos. 

​Esse escoamento até o futuro porto viabilizaria a construção de Unidade de Processamento de Gás Natural (UPGN) no local, tratando o gás, e também o gasoduto para levar o insumo até o Estado vizinho, explicou Fabrício: Fabrício Cardoso Freitas Diretor do Porto Central "Não adianta imaginar que o Estado possa receber a Rota 6 sem que haja viabilidade econômica para isso. Por isso, estamos nesse processo para dizer onde tem mercado e consumidor para isso, e vimos que Minas Gerais precisa de mais gás e que o pouco que chega lá hoje é caro. Então, isso gera viabilidade para a Rota 6 chegar no Espírito Santo, ter uma unidade de processamento aqui e levar isso para lá".

Fonte: A Gazeta
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