01/07/2019 às 14h58min - Atualizada em 01/07/2019 às 15h06min

Cresce a demanda por Professores que treinam Robôs de Chat

Profissionais com habilidades em Linguagem Digital podem ganhar, em média, R$ 5 mil reais por mês

DINO
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Não é nenhuma novidade que a velocidade de mudança do mercado de trabalho, ultimamente, vem impulsionando novos formatos de profissões. E uma delas têm sido os Professores de robô de chat.

Com empresas apostando, cada vez mais, em comunicação virtual, os chatbots têm sido uma das principais ferramentas de sites especializados em comércio online e companhias prestadoras de serviços para se comunicarem com o seu público.

Embora o Robô execute a tarefa de identificar a necessidade do consumidor, e, por conseguinte, respondê-la, por trás desta interface de atendimento (chat), existe a necessidade de um profissional com habilidades em linguagens para configurá-lo e ditar o rumo da prosa. E é aí que surge uma nova possibilidade de mercado para profissionais com formação nos seguintes segmentos: letras, jornalismo, publicidade, design, desenvolvedores, administração, comunicação ou áreas que tenham afinidade com a linguagem digital.

Um Ecossistema que só cresce

Os microtextos (textos de 140 caracteres) distribuem textos em espaços bem limitados, porém mantendo o mesmo impacto e alcance de um texto mais encorpado, com mensagens claras, objetivas e persuasivas.

De acordo com uma pesquisa realizada pela Mobile Time, empresa que pesquisa o mercado de tecnologia, só no passado, o crescimento de companhias que comercializam o desenvolvimento de chatbots foi de 27%, saltando de 52 para 66. Juntas, hoje, essas empresas somam o desenvolvimento de 17 mil robôs entre conversação em português e comando por voz.

Para Kelly Couto, CEO da Revista Capital Econômico e fundadora do escritório KC Comunicação, o cenário é muito promissor, e buscar conhecimento para se adequar a uma nova realidade para as quais não foram preparados, é essencial para quem deseja alcançar a oportunidade. “Este profissional carregará o peso da responsabilidade de entregar o produto nas mãos dos usuários finais. Se a ideia não for “comprada” pelo usuário, correrá o risco de o produto desaparecer. E é justamente por isso que as grandes empresas têm apostado nesta necessidade de treinar robôs para que este tipo de atendimento se aproxime o máximo possível da assertividade, porém sem deixar de lado a ideia de humanização e a personalidade da empresa. Se preparar para esta demanda, é imprescindível”. Afirma a especialista.

O trabalho do Conteudista de Robô, na prática

A ferramenta de atendimento, que já é bastante comum em vários sites de comércio eletrônico, exige do profissional alimentação e avaliação de desemprenho constantes de expressões que possivelmente poderão ser utilizadas pelo usuário, como por exemplo: “olá, como vai. Em que posso ajudar?”, ou, “como faço para trocar um pedido?”, e assim por diante. Por isso alguns pré-requisitos são extremamente essenciais, tais como gostar de tecnologia e ter boa fluência em português, já que o profissional terá de trabalhar, diretamente, não só com a alimentação da plataforma, mas a adaptação ao diálogo, à medida em que as necessidades forem surgindo.

Couto afirma ainda que estar familiarizado com culturas diversas é um fator preponderante, já que a variação linguística regional é algo decisivo para tornar a experiência do usuário positiva ou negativa. Isso porque cada região se apropria de termos que só são conhecidos, apenas, em sua comunidade.

Outrossim, entender o contexto da conversa, sabendo adequá-la ao nível da formalidade ou informalidade, é essencial para criar aproximação com o usuário. “Uma empresa que pretende vender serviços para um público mais jovem, descolado, não convém alimentar a ferramenta com um diálogo formal. A mesma situação se aplica a uma companhia que pretende alcançar um público mais sério. Neste caso, o diálogo informal já não cabe para aquela situação”. Concluiu Kelly Couto ressaltando que, antes de tudo, a necessidade de analisar os diálogos é fundamental.

Recurso que vai além de vendas de produtos

O setor de RH tem utilizado bastante este tipo de Inteligência Artificial para otimizar os processos seletivos. A empresa L’ Oréal reduziu o tempo em 200 horas, com o uso do chatbot, em seu processo de seleção, na realização da triagem.

A companhia, que abriu 15 mil vagas no ano e recebeu um milhão de candidaturas, ganhou mais tempo para focar em qualidade, diversidade e experiência dos candidatos, segundo Eva Azoulay,  vice-presidente mundial de recursos humanos da L’ Oréal à CNN

Já Micheline Carvalho, Diretora de RH na Acanga Soluções Corporativas, afirma que, hoje, cerca de 15% das ocupações dentro de uma grande companhia já é destinada a profissionais especializados em produção de conteúdo para chatbots. E os salários podem variar entre R$ 4 a R$ 8 mil reais por mês.

Para quem deseja se especializar, a KC Comunicação, oferece treinamentos presencial, online ou in company. 

 

 

 

 

 



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