Motoristas de aplicativos de transporte, teleconsultas, vendas pelas redes sociais e sites de entrega foram apenas alguns dos serviços afetados pelo "apagão" da Vivo, na tarde desta quinta-feira (17), no Espírito Santo.
De acordo com dados da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), 2.880.983 capixabas são atendidos pela operadora. O número representa 71,1% dos usuários do serviço de telefonia móvel no Espírito Santo. Já a banda larga, atende a 27,3%, o que representa cerca de 172 mil usuários.
O Ramon Carminati foi um dos afetados pela instabilidade dos serviços de telecomunicações. O jovem tem uma loja de sacolés no bairro São Geraldo, em Cariacica. O estabelecimento foi inaugurado na última terça-feira (15) e já vem sofrendo prejuízos. Por conta da falha, o rapaz não conseguiu realizar vendas pelo delivery ou pela máquina de cartão.
"A gente abre a loja 12h, na hora do almoço. Logo que atendemos o primeiro cliente começamos a perceber o problema. Ele pagou pelo cartão de crédito, mas a maquininha, que tem chip da Vivo, ficou conectando. Ele foi embora e depois percebemos que tinha dado erro na transação. Ficamos no prejuízo", contou.
Em média, Ramon vende cerca de 25 unidades por dia. Nesta quinta, apenas três sacolés foram vendidos. "O pessoal geralmente faz o pedido depois do almoço, pelo aplicativo ou redes socias. Hoje não conseguimos vender quase nada".
Com a retomada do serviço, por volta das 15h45, o rapaz está tentando atender alguns clientes e diminuir as perdas. "Estamos atendendo alguns clientes que fizeram o pedido para tentar recuperar o prejuízo", destacou.
Em nota, a Anatel ressaltou que a prestadora deve comunicar as interrupções de serviço aos seus assinantes por meio do seu site na internet e disponibilizar informações em sua central de atendimento telefônico.
O Procon-ES informou que notificou a operadora para prestar esclarecimentos sobre a suspensão temporária dos serviços. Os consumidores poderão reclamar, junto aos Procons e na Anatel, de falhas na cobertura de serviços da sua operadora. É importante informar o dia e horário que percebeu a interrupção do serviço e o tempo em que ficou sem acesso, além dos dados pessoais e da sua linha telefônica.
O órgão destacou que é direito do consumidor, em caso de interrupção de serviços não programados, como TV por assinatura, telefonia ou internet, obter um desconto proporcional pelo período em que o serviço ficou indisponível. Se a empresa não apresentar uma solução para o caso, poderá o consumidor formalizar a reclamação pelo aplicativo Procon-ES ou pelo site.