O ano de 2021 começou com várias mudanças no mundo todo, sobretudo na política. Na Europa, o Reino Unido concluiu o processo do Brexit, a saída da União Europeia. Nos Estados Unidos, a posse de Joe Biden foi marcada por uma série de conflitos incluindo a invasão do Capitólio Americano por manifestantes a favor do candidato derrotado, Donald Trump. A ação deixou quatro pessoas mortas e 50 feridas. Trump, aliás, sofreu um processo de impeachment pelo Congresso Americano. Porém, foi absolvido pelos senadores.
No Brasil, o estado do Amazonas viveu uma crise de saúde provocada pela pandemia de covid-19. Escassez de leitos e, sobretudo, de oxigênio. No dia 12, o governador Wilson Lima afirmou que, só nos estabelecimentos públicos de saúde, a demanda pelo produto tinha aumentado mais de 11 vezes além da média diária de consumo em virtude do crescimento do número de casos de covid-19.
Em Manaus, também se descobriu uma nova variante do novo coronavírus identificada por pesquisadores japoneses em viajantes que estiveram no estado. Inicialmente denominada de P1, a variante passou a se chamar Gamma.
Previsto para ser realizado no fim do ano passado, devido à pandemia de covid-19, o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) 2020 foi remarcado para janeiro de 2021. Entidades escolares e até mesmo a Defensoria Pública da União solicitaram nova remarcação do exame. Porém, o pedido foi negado pela Justiça.
Para garantir a realização da prova, o Inep adotou diversos protocolos de segurança que tiveram de ser seguidos pelos candidatos sob o risco de serem eliminados.
A taxa de abstenção foi de 51,5% no primeiro dia de provas e 55,3% no segundo.
No dia 7, o país teve a notícia sobre a eficácia da vacina que estava sendo produzida pelo Instituto Butantan: a CoronaVac. De acordo com o governo de São Paulo, o imunizante apresentou eficácia mínima de 78%. No mesmo dia, o Ministério da Saúde anunciou assinatura de contrato com o Instituto Butantan para adquirir até 100 milhões de doses da vacina.
No dia seguinte (8), o presidente Jair Bolsonaro enviou uma carta ao primeiro-ministro da Índia, Narendra Modi, na qual solicitava urgência no envio para o Brasil das doses da vacina contra a covid-19 da AstraZeneca produzidas na Índia.
Ainda não havia autorização da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) para o uso emergencial de nenhum imunizante no Brasil. Mas, no dia 17 de janeiro, um domingo, a agência se reuniu extraordinariamente para decidir os pedidos de autorização para uso emergencial de vacinas contra a covid-19. Por unanimidade, os cinco diretores da Anvisa aprovaram o uso emergencial da CoronaVac e da vacina de Oxford (AstraZeneca) contra a covid-19.
Já no caso da Sputnik V, a agência devolveu o pedido de uso emergencial para o laboratório responsável pela vacina. Segundo a Anvisa, o pedido do laboratório para uso emergencial não apresentou os requisitos mínimos para pudesse ser analisado pela agência.
Na manhã do dia seguinte (18), começou a distribuição dos imunizantes para todos os estados.
Alguns deles, como Goiás, Piauí, Santa Catarina e São Paulo, iniciaram a vacinação no próprio domingo. Porém, a maioria começou na segunda, dia 20. A vacinação teve início pelos grupos prioritários da chamada Fase 1: trabalhadores de saúde, pessoas institucionalizadas (que residem em asilos) com 60 anos de idade ou mais, pessoas institucionalizadas com deficiência e população indígena aldeada.