A Petrobras informou hoje (4) ter atingido, nos três últimos meses de 2021, uma média de 88% de uso de capacidade de suas refinarias. De acordo com a empresa, no início deste mês de fevereiro, a média chegou perto de 90%.
A companhia explicou que as decisões operacionais no refino consideram que para cada barril de petróleo processado na refinaria, diversos outros produtos são gerados e posteriormente distribuídos. Ao produzir diesel, por exemplo, é também produzido, necessariamente, óleo combustível, que precisa ser escoado e distribuído para clientes finais.
Por isso, o cálculo do melhor nível de processamento sempre respeita, além dos critérios econômicos e de segurança, as limitações técnicas de capacidade de distribuição dos produtos, volumes possíveis de serem estocados, comportamento da demanda, custos e preços. Segundo a Petrobras, um eventual aumento de carga da refinaria, teria como consequência a produção de outros derivados de menor valor.
O diretor de Refino e Gás Natural da Petrobras, Rodrigo Costa, afirmou que a definição do nível de utilização das refinarias é complexa porque envolve produtos diferentes e deve ser tomada com base em critérios técnicos-econômicos. Acrescentou que a Petrobras “está investindo nas suas refinarias e o mercado tem crescido e demandado por mais combustíveis da companhia, o que resulta em uma utilização acima da média histórica”.
Costa indicou que a presença de novos investidores, como o Mubadala Capital, que adquiriu a Refinaria Landulpho Alves, na Bahia, reforça a capacidade de investimento e o atendimento de um mercado crescente e cada vez mais dinâmico, no qual a Petrobras é um dos atores. A empresa participa do setor em conjunto com diversos outros investidores, sendo a prática de preços alinhados aos mercados globais fundamental para o adequado funcionamento do mercado de combustíveis no Brasil.