O cabo Rodrigo José de Matos Soares, policial militar denunciado pelo assassinato da menina Ágatha Félix, no Rio de Janeiro, em setembro de 2019, compareceu hoje (9) à primeira audiência do caso. O processo no qual ele responde por homicídio doloso, quando há intenção de matar, estava paralisado desde o início da pandemia da covid-19.
Ágatha Félix, de 8 anos, foi morta no Morro da Fazendinha, que integra o Complexo do Alemão, na zona norte da capital fluminense. Ela foi atingida quando estava no banco traseiro de uma Kombi, retornando de um passeio com a mãe. De acordo com a investigação da Polícia Civil, após um tiro atingir um poste, estilhaços entraram pela traseira do veículo ferindo a criança. Ela chegou a ser socorrida e levada para um hospital, mas não resistiu.
Rodrigo José de Matos Soares foi apontado em inquérito da Polícia Civil como o responsável pelo disparo. A investigação também afastou a ocorrência de um tiroteio no local, como sustentaram policiais militares que atuam na região. Denunciado pelo Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ), o cabo virou réu em dezembro de 2019.
Nesta primeira audiência, ainda em andamento, estão sendo ouvidas testemunhas, entre elas a mãe de Ágatha, Vanessa Francisco, que relatou os últimos momentos com a filha, e o motorista da Kombi, Moisés Atanazio Adriano, que reconheceu Rodrigo como autor do disparo. Uma nova audiência já está marcada para o dia 3 de março.