Manifestantes se reuniram na manhã de hoje (12) em São Gonçalo, na região metropolitana do Rio de Janeiro, para protestar por justiça no caso do assassinato de Durval Teófilo Filho, de 38 anos, que foi morto a tiros por um vizinho ao chegar no condomínio em que morava com a família, em 2 de fevereiro.
O ato contou a com a presença de familiares e amigos de Durval, que morava na cidade, a segunda mais populosa do estado do Rio de Janeiro. Os manifestantes levaram faixas e cartazes que pediam justiça e repudiavam o racismo e caminharam por ruas do centro da cidade fluminense. Muitos vestiram camisas com a foto de Durval, que era negro.
Entre as frases erguidas em protesto estavam pedidos de "Justiça para Durval!", "Somos todos Durval", "Basta de racismo", "Racismo mata!" e "Parem de nos matar!".
Os disparos que mataram Durval foram desferidos pelo sargento Aurélio Alves Bezerra, de 41 anos. Ele foi preso e alegou que confundiu o vizinho com um assaltante e atirou três vezes de dentro do seu automóvel. O caso chegou a ser registrado como homicídio culposo, sem a intenção de matar, mas o Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro pediu que o homicídio fosse considerado doloso, proposital, o que foi atendido pela Polícia Civil.
O caso foi remetido para a 4ª Vara Criminal de São Gonçalo, que possui atribuição para instaurar um Tribunal de Júri. Durval deixou a mulher Luziane Teófilo e uma filha de 6 anos.