Após vários dias de turbulência internacional, o mercado financeiro deu uma trégua nesta quinta-feira (7). O dólar caiu pela primeira vez após cinco altas seguidas e fechou abaixo de R$ 5,40. A bolsa de valores subiu mais de 2% e recuperou o nível de 100 mil pontos.
O dólar comercial encerrou o dia vendido a R$ 5,345, com queda de R$ 0,07 (-1,42%). A cotação operou em baixa durante todo o dia, mas passou a cair ainda mais após a abertura do mercado norte-americano. Na mínima do dia, por volta das 12h, chegou a ser vendida a R$ 5,33. Com o desempenho de hoje, o dólar acumula alta de 2,01% em julho. Em 2022, a divisa cai 4,14%.
No mercado de ações, o dia também foi marcado pelo alívio. O índice Ibovespa, da B3, fechou aos 100.730 pontos, com alta de 2.04%. O indicador foi impulsionado pelas commodities (bens primários com cotação internacional), cujos preços se recuperaram nesta quinta com o arrefecimento do mercado externo.
A divulgação de que os pedidos de seguro-desemprego subiram nos Estados Unidos na última semana junho ajudou a reduzir as tensões. Os dados indicam que as altas de juros do Federal Reserve (Fed, Banco Central norte-americano) estão surtindo efeito e abriram a possibilidade de que a autoridade monetária não aumente os juros da maior economia do planeta mais que o previsto.
Na ata da última reunião, realizada no fim de junho, o Fed indicou que pode aumentar os juros em 0,5 ou em 0,75 ponto percentual na próxima reunião. Ontem (6), a divulgação do documento criou turbulência no mercado financeiro, mas os dados do mercado de trabalho indicaram que o Fed pode elevar a taxa em 0,5 ponto no próximo encontro. Juros mais altos em economias avançadas estimulam a fuga de capitais de países emergentes, como o Brasil.
*Com informações da Reuters