O dólar comercial encerrou esta sexta-feira (23) vendido a R$ 5,249, com forte alta de R$ 0,134 (2,62%). A cotação iniciou o dia em R$ 5,17 e acelerou nas horas seguintes. Na máxima do dia, por volta das 16h, a moeda norte-americana chegou a R$ 5,26.
O Banco Central interveio no mercado e vendeu US$ 2 bilhões das reservas internacionais conjugados com leilões de recompra no mercado interbancário. Esse tipo de operação não era feito desde o fim de 2021.
O dia também foi turbulento no mercado de ações. O índice Ibovespa, da B3, fechou aos 111.716 pontos, com queda de 2,06%. Apesar da queda, o indicador subiu 2,23% na semana, estimulado pelo fim do ciclo de alta na taxa Selic (juros básicos da economia), que fez a bolsa brasileira saltar ontem (22).
O mercado financeiro global teve um dia de instabilidade após a divulgação de dados econômicos apontarem que a Europa está entrando em recessão. Além da escalada nas tensões entre Rússia e Ucrânia, a divulgação de que as intenções de compra por gerentes (índice usado para medir para onde vai a economia) caiu no continente piorou o clima.
Paralelamente, a libra esterlina caiu para o menor nível em 37 anos após o anúncio de medidas de corte de impostos pelo novo governo do Reino Unido. Anunciadas pela nova primeira-ministra, Liz Truss, as medidas foram mal recebidas pelo mercado porque elevarão a dívida pública do país.
Os temores de recessão global impactaram os preços internacionais do petróleo. A cotação do barril do tipo Brent, usado nas negociações internacionais, caiu mais de 4% hoje e fechou a US$ 86,57. Esse é o menor nível desde janeiro, antes do início da guerra no leste europeu.
* Com informações da Reuters