O Conselho Municipal de Saúde pede a instituição de quarentena rígida (o chamado lockdown), com o fechamento de todos os serviços não essenciais, em Cachoeiro de Itapemirim, com o objetivo de atingir, no mínimo, 60% de isolamento social. O resultado esperado é frear o ritmo de contágio pelo coronavírus que até terça-feira (19) já havia infectado 105 pessoas no município e provocado três mortes. Também na terça, a ocupação dos leitos de UTI da Santa Casa Cachoeiro atingiu 96%.
A recomendação foi extraída de reunião do CMS realizada na última sexta-feira (15) e publicada no Diário Oficial do Município desta quarta-feira (20). Os conselheiros consideram que as medidas mais brandas de isolamento social fracassaram e manifestam especial preocupação com o intenso fluxo de pessoas, inclusive de outros estados, na Ceasa Sul.
"Ao se observar uma aceleração da transmissão e/ou taxa de ocupação dos serviços (de saúde) atingindo níveis críticos, devem ser adotadas novas medidas para restringir ainda mais as possibilidades de contágio. Para conter o avanço descontrolado do contágio da covid-19, quando as medidas de distanciamento social não estão surtindo o efeito desejado, a fim de permitir que o Sistema de Saúde consiga se recuperar para absorver, da melhor maneira possível, a demanda, faz-se necessária a suspensão total de atividades não essenciais com restrição de circulação de pessoas, medida conhecida como lockdown", analisa parte do documento.
MEDIDAS
O CMS pede a adoção de barreira sanitária na entrada do pavilhão da Ceasa Sul, no bairro Coramara, com uso borrifação de todos os veículos com hipoclorito de sódio e aferição de temperatura de todos os usuários.
Além disso, sugere a intensificação as medidas de desinfecção em locais de grande fluxo de pessoas e das barreiras nas entradas da cidade.