A Câmara dos Deputados, por meio da Secretaria da Mulher, assina nesta quarta-feira (23), às 18 horas, no Salão Nobre, o Pacto Nacional pelos Direitos da Mulher. A solenidade integra as atividades da campanha pelos "21 Dias de Ativismo pelo Fim da Violência contra as Mulheres".
O pacto é um instrumento público assinado por diversas instituições e entidades da sociedade civil e governamentais, que busca conquistar avanços nos direitos de mulheres e meninas brasileiras, por meio de um esforço conjunto entre Legislativo, Executivo, Judiciário, sociedade civil organizada e outros parceiros.
O instrumento público vai se valer de ações articuladas e integradas para difundir, promover e fortalecer os direitos humanos das mulheres em dez áreas temáticas:
Violência
A coordenadora da bancada feminina, deputada Celina Leão (PP-DF), lembrou que recente pesquisa do Instituto Datafolha, encomendada pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública, apontou que uma em cada quatro mulheres acima de 16 anos sofreu algum tipo de violência no último ano no Brasil, durante a pandemia de Covid-19.
“São cerca de 17 milhões de mulheres (24,4%) que sofreram violência física, psicológica ou sexual no último ano. Precisamos unir esforços de toda a sociedade para enfrentar esta triste realidade ainda existente em nosso País”, afirmou Celina Leão.
A pesquisa mostrou também que as vítimas de violência doméstica estão entre as que mais perderam renda e emprego durante a pandemia.
“Somente com esforço coletivo poderemos combater as diversas formas de violência contra meninas e mulheres e tentar aprimorar ainda mais a legislação para o combate a essa problemática tão grave”, disse a procuradora da Mulher na Câmara, deputada Tereza Nelma (PSD-AL).
Em entrevista à Rádio Câmara, Tereza Nelma apontou que o tamanho da rede de proteção existente é insuficiente para enfrentar o problema. “Nós temos um país imenso como o Brasil, com 5.570 municípios, e nós só temos 139 varas judiciais especializadas na mulher. Como vai dar conta dessa demanda toda?", questionou.
"Se você vai para área das delegacias, nós temos 381 delegacias especializadas na mulher. É muito pouco para combater essa violência. Nós precisamos de mais. Nós precisamos fazer com que o discurso de que a mulher é prioridade seja uma realidade”, cobrou Tereza Nelma.
Ações
O Pacto será concretizado por meio de ações articuladas e integradas que poderão ser executadas por meio de ações, como: