09/09/2020 às 15h48min - Atualizada em 09/09/2020 às 15h48min

Advogado de Lula é alvo de operação da PF nesta quarta

De acordo com o Ministério Público Federal, Operação E$quema S foi deflagrada em paralelo ao início do trâmite de uma ação penal contra 26 pessoas

 

A Polícia Federal cumpre 50 mandados de busca e apreensão em endereços de pessoas, escritórios de advocacia e empresas investigadas por desvio de R$ 355 milhões, entre 2012 e 2018, do Sesc-RJ (Serviço Social do Comércio), do Senac-RJ (Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial) e da Fecomércio-RJ (Federação do Comércio). O advogado do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, Cristiano Zanin, é um dos alvos da operação.

De acordo com o Ministério Público Federal (MPF), a Operação E$quema S foi deflagrada em paralelo ao início do trâmite de uma ação penal contra 26 pessoas. 

A denúncia diz que dos R$ 355 milhões gastos a pretexto de advocacia, por serviços supostamente prestados à Fecomércio-RJ, ao menos R$ 151 milhões foram desviados em esquema liderado por Diniz, Marcelo Almeida, Roberto Teixeira, Cristiano Zanin, Fernando Hargreaves, Vladimir Spíndola, Ana Tereza Basílio, José Roberto Sampaio, Eduardo Martins, Sérgio Cabral e Adriana Ancelmo – os 11 foram denunciados por organização criminosa.

O R7 tenta contato com a defesa dos citados, mas ainda não foram localizadas pela reportagem.

Operação E$quema S

Segundo o MPF, as novas buscas e apreensões foram autorizadas devido a contratos advocatícios da Fecomércio-RJ, ora com denunciados ora com outros escritórios, pagos com verbas públicas do Sesc RJ e Senac RJ.

As autoridades também investigam a devolução em espécie a Diniz, por alguns denunciados e outros alvos da Operação E$quema S, de parte dos valores desviados daquelas entidades no Rio de Janeiro.

“Aportes em favor dos escritórios vinculados aos denunciados foram contemporâneos às aquisições de carros e imóveis de luxo no país e no exterior, em franco prejuízo ao investimento na qualidade de vida e no aprendizado e aperfeiçoamento profissional dos trabalhadores do comércio no Estado do Rio de Janeiro, atividade finalística de relevantíssimo valor social das paraestatais”, afirmam os procuradores da Força-tarefa Lava Jato do Rio de Janeiro. 

 


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