As comissões de Relações Exteriores e Defesa Nacional; e de Minas e Energia da Câmara dos Deputados realizam audiência pública conjunta nesta quarta-feira (10) para debater o potencial petrolífero do arco norte do território brasileiro.
A audiência será realizada no plenário 5, logo após a reunião deliberativa da comissão de Relações Exteriores, prevista para as 9 horas.
O deputado Mário Negromonte Jr. (PP-BA), que pediu a audiência, afirmou que é de conhecimento público o grande potencial petrolífero das margens continentais africana e sul-americana do Oceano Atlântico Equatorial. "Na África: em Gana, Costa do Marfim, Serra Leoa e Libéria; e na América do Sul: Guiana, Suriname e Guiana Francesa", observou ele.
Reserva de petróleo
Segundo ele, do lado da Guiana Francesa existem alguns campos que ficam a apenas 50 km da fronteira com o estado brasileiro do Amapá, com mais de 9 bilhões de barris de óleo equivalente.
"Em termos de comparação com o nosso pré-sal, essas descobertas equivalem ao Campo de Tupi, descoberto em 2006, situado em posição perpendicular ao litoral do estado do Rio de Janeiro, na Bacia de Santos", observa o deputado.
Ainda segundo o deputado, apesar dos estudos realizados e da liderança em tecnologia de prospecção e do conhecimento acumulado, o Brasil não perfurou um único poço exploratório objetivando replicar o sistema petrolífero “vitorioso” dos países vizinhos.
Debatedores
Confirmaram presença na audiência:
- o diretor-geral da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), Rodolfo Henrique de Saboia;
- o professor titular da Universidade Federal do Maranhão e ex-diretor da ANP em São Luís (MA), Allan Kardec Duailibe Barros Filho;
- o gerente-geral de Ativos Exploratórios da Petrobras, Rogério Soares Cunha;
- o coordenador-geral de Licenciamento Ambiental de Empreendimentos Marinhos e Costeiros do Ibama, Alex Garcia de Almeida; e
- o diretor da TGS Brasil, João Carlos Corrêa.