A Comissão de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável entregou nesta terça-feira (14) os prêmios aos três projetos vencedores do 1º Concurso Inovação e Sustentabilidade da Câmara dos Deputados. A presidente da Comissão, deputada Carla Zambelli (PSL-SP), destacou a importância da premiação para aproximar a sociedade e o parlamento na busca por soluções para o desenvolvimento sustentável. Ela também lembrou que, ao contrário do que se possa pensar, a sustentabilidade não representa o contrário de desenvolvimento.
“Saber que pessoas imbuídas na importância em preservar e de buscar sustentabilidade nos dá muita alegria. E principalmente saber que tem como fazer sustentabilidade, preservação, aliada ao desenvolvimento”, disse.
Premiados
O primeiro prêmio foi para projeto que usa resíduos sólidos, como os descartados por hospitais, para produzir combustíveis, como bio-óleo, gás de síntese e biocarvão. Uma das autoras do sistema, Bruna Hryniewicz, da Universidade Federal do Paraná, demonstrou as vantagens do método. “Nós envolvemos um tratamento com menos impacto ambiental, conseguimos então produzir produtos com maior valor agregado e que podem ser aplicados em novas tecnologias”, disse.
O segundo lugar foi para Fernando Brucoli, de São Paulo, criou uma solução para economizar energia no chuveiro. Ele explicou que o sistema desenvolvido racionaliza o aproveitamento da água aquecida usada para tomar banho. “Nós desenvolvemos um sistema para trabalhar em cima do desperdício. É um dispositivo de reciclagem de energia. Fica integrado à edificação, ou seja, é material de construção, fica embutido no piso e reaproveita o calor que está indo embora”, afirmou.
O terceiro lugar no concurso coube a projeto que utiliza plástico biodegradável para produzir embalagens que não poluem o solo nem os oceanos. O autor do projeto, Thiago Matos, do Rio de Janeiro, falou sobre as vantagens da embalagem plástica criada a partir de produtos naturais.
“Como a gente não precisa de reciclagem — ele é 100% biodegradável e não gera nenhum microplástico —, a gente pode descartar em qualquer lugar. Tanto na água quanto aterrar. Reduz o custo porque não recicla e tem toda a praticidade do plástico convencional”, explicou.
O concurso Inovação e Sustentabilidade da Câmara dos Deputados premia projetos nas áreas de soluções em destinação de resíduos sólidos, em materiais biodegradáveis, energia limpa e bioeconomia. O objetivo é estimular projetos voltados para soluções tecnológicas, inovadoras que promovam o desenvolvimento sustentável.