Deputados criticaram em Plenário, nesta quarta-feira (23), a decisão da Corte Constitucional da Colômbia que descriminalizou o aborto realizado até a 24ª semana de gestação. A deputada Chris Tonietto (UNIÃO-RJ) afirmou que a vida é iniciada na concepção e criticou a decisão do país vizinho. “Nós aqui, representantes do povo brasileiro, temos que estar atentos! Fica aqui o meu repúdio a essa legalização do aborto na Colômbia”, afirmou.
Na avaliação do deputado Otoni de Paula (PSC-RJ), a decisão deixou a América Latina de luto. Ele defendeu ainda que, na 24ª semana, o bebê já tem a sua constituição completa. “É lamentável o que está acontecendo nas Américas. É lamentável esse ativismo judicial da morte”, disse.
Ele lembrou que o presidente da República, Jair Bolsonaro, também se manifestou contrário à descriminalização do aborto e à decisão da corte colombiana.
O deputado Eli Borges (Solidariedade-TO) afirmou que “lamenta profundamente” a decisão do país vizinho. “Lamento aquela lei, aquela visão. São criaturas que já estão devidamente formadas na barriga da mãe. E ela não é a proprietária, ela é apenas uma extensão, ela apenas empresta o seu corpo”, afirmou.
A decisão também foi condenada pelo deputado Marcel van Hattem (Novo-RS). “Um absurdo contra a vida se permitir que se cometa esse crime contra vidas humanas até o sexto mês de gravidez”, disse. Ele disse ainda que a descriminalização de aborto nos Estados Unidos trouxe consequências muitos ruins como traumas para as mulheres que realizaram o procedimento sem a necessária reflexão e a lucratividade altíssima das clínicas que realizam esses procedimentos.
Ao comentar a decisão da Colômbia, o deputado Neucimar Fraga (PSD-ES) aproveitou para defender o direito das mulheres à cesárea eletiva no Brasil. “Foi aprovado na Colômbia agora o direito de a mulher fazer aborto, assassinar o seu filho, enquanto nós temos mulheres no Brasil que querem salvar os seus filhos em um parto e, muitas vezes, a saída é a cesárea”, disse.