Está confirmado para esta quarta-feira (04), às 13h o júri popular da ré confessa do ex-secretário de Gerência Geral de Itapemirim, José Mauro Sales, o Zé Mauro, no Fórum de Vila Velha.
O Tribunal de Justiça do Espírito Santo – TJES determinou que o júri do assassinato de Zé Mauro ocorra fora de Itapemirim, por entender que há riscos à imparcialidade do julgamento. A decisão foi tomada após a ré presa envolver o nome do prefeito interino Thiago Peçanha como mandante do assassinato.
A família de Zé Mauro pede justiça e quer que o culpado pague pelo crime covarde que cometeu contra a vida de Zé, que se dedicava a fazer o bem ao próximo. Abalados ainda, a família prefere apenas o silêncio. "A condenação da ré e de quem estiver envolvido nesta trama não vai aliviar a dor da perda, mas sem dúvida, dará aos culpados o melhor destino, a cadeia", comentou um amigo da família.
Vila Velha
Um ano e três meses após o crime, a ré presa, que confessou ter executado o secretário envolveu o nome de Thiago Peçanha como mandante do crime.
Carla Rogério Ribeiro Ferreira, presa duas semanas após o assassinato, fez a acusação as autoridades judiciárias do município no dia 18 de setembro de 2018 e tentou em janeiro de 2019 um acordo de delação premiada com o Ministério Público. O acordo foi rejeitado por falta de elementos que pudessem sustentar a informação e segundo a matéria de A Gazeta não há nada que implique o prefeito.
Convém ressaltar que Itapemirim é uma cidade que vive o clima de intensa guerra política. Ameaça, afastamento de políticos por decisão da justiça, CPI’s que são instauradas e não dão em nada, vereadores que são investigados e já teve prefeito assassinado. Itapemirim vive em constante instabilidade política.
O crime
Um crime mancha de sangue de mais uma vez a história do pacato município de Itapemirim, o assassinato do secretário Municipal de Gerência Geral, José Mauro Sales da Penha, de 58 anos com seis vários tiros, na noite de domingo (3) de setembro de 2017 no interior de sua residência, localizada no balneário de Itaóca. O crime ocorreu por volta das 21h e a vítima morreu no local.
De acordo com informações do Boletim de Ocorrência, na Polícia Civil, Zé Mauro foi assassinado com seis tiros, dois disparados no peito e quatro pelas costas quando ele tentou ainda correr para fora da casa. Várias buscas foram realizadas, mas os suspeitos não foi foram localizados na noite do crime.
O caso, investigado pela Polícia Civil do município, contou com o apoio da Secretaria Estadual de Segurança Pública. O secretário da época, André Garcia esteve na sede do município acompanhando as investigações e o andamento do caso. Os delegados, Guilherme Eugênio, da Delegacia de Crimes Contra a Vida de Cachoeiro de Itapemirim acompanha os delegados, Drº Djalma Lemos de Itapemirim e Drº Geraldo Peçanha de Piúma na investigação. Várias perícias foram realizadas na residência de Zé Mauro.
José Mauro era braço direito do prefeito em exercício, Thiago Peçanha. Percorria todo o município e tratava pessoalmente as demandas para adiantar ao prefeito. Simples, objetivo e político, Zé Mauro não ostentava nada, nem mesmo um veículo possuía. Ele morava sozinho em um duplex na Rua Canaã, em Itaóca.
Com informações do Espírito Santo Notícias