O reajuste dos planos de saúde será tema de audiência pública na terça-feira (14) na Comissão de Defesa do Consumidor da Câmara dos Deputados.
O deputado Bira do Pindaré (PSB-MA), um dos autores do pedido de audiência, disse que, de acordo com projeções de especialistas e analistas do setor, os reajustes deste ano devem ficar entre 15% e 18,2%, superando o recorde de 13,57% registrado em 2016. "Será o maior aumento da história", disse.
O deputado Felipe Carreras (PSB-PE), que também pediu o debate, acredita ser inviável, em plena pandemia, quando as famílias estão mais vulneráveis tanto do ponto de vista da saúde quanto do ponto de vista econômico, que sejam realizados reajustes.
Já o deputado Ivan Valente (Psol-SP), autor também de requerimento para realização da audiência, lembrou que o Brasil tem aproximadamente 49 milhões de beneficiários de planos de saúde. Para ele, esse aumento de preços deve ser observado com cautela, especialmente pelo avanço da pobreza e do desemprego, resultado da pandemia de Covid-19.
Valente lembrou ainda que, durante a pandemia, que vitimou mais de 600 mil brasileiros, o Sistema Único de Saúde (SUS) foi imprescindível, atendendo com eficiência os que possuem e os que não possuem planos de saúde.
Debatedores
Confirmaram presença na audiência:
- a gerente do setor Econômico, Financeiro e Atuarial dos Produtos da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), Daniele Rodrigues Campos;
- o advogado do Programa de Saúde do Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor (Idec), Matheus Falcão;
- o superintendente de Estudos e Projetos Especiais da Federação Nacional de Saúde Suplementar (FenaSaúde), Sandro Leal Alves; e
- o presidente da Associação Brasileira de Planos de Saúde (Abramge), Renato Freire Casarotti.