O presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), defendeu novamente o fim da vinculação e da indexação do Orçamento, para garantir uma maior mobilidade na aplicação de recursos em áreas essenciais, como, por exemplo, a preservação ambiental. Segundo ele, a mudança não prejudica setores da educação e da saúde.
Lira afirmou ser um “convertido da responsabilidade fiscal”, mas disse que é importante discutir com sinceridade as mudanças orçamentárias para que o País não fique discutindo questões “micro”, como subsídios a combustíveis ou aumento de salário do funcionalismo, por, supostamente, ameaçar o teto de gastos. Para o presidente, com essa mudança, as pautas necessárias do Brasil serão tratadas de forma a atender melhor todos os setores. Ele participou de evento nesta quinta-feira (4) promovido pela XP Investimentos.
“Falar que, quando desvincular vai faltar dinheiro para saúde e para educação, é uma balela, uma falácia”, disse Lira. “Não vai faltar, o problema é que toda vinculação e indexação corrói o Orçamento, e aí ficamos sem poder de mobilidade para atender áreas essenciais, como a preservação das nossas florestas”, reforçou.
“Temos a melhor lei ambiental do mundo, o que nos falta é fiscalizar e dar condições para que pessoas que moram em áreas remotas não degradem”, afirmou.
Eleições
Lira afirmou que o Congresso Nacional vai contribuir com o País, independentemente do presidente eleito democraticamente nas eleições de outubro. ele reforçou que nenhuma matéria econômica estruturante deixará de ter o Parlamento como seu principal fiador.
Segundo ele, o eleito em outubro necessariamente vai ter que dialogar com o Legislativo. Arthur Lira reforçou que o Congresso continuará a ser a balança da polarização política do País.
"Precisamos de tranquilidade, de previsibilidade e de trabalhar para que nenhum poder se sobreponha a outro. Somos um País democrático, responsável, com instituições firmes e sérias. Sempre seremos um País de paz e um País democrático”, afirmou Lira.
O presidente também reforçou que, nos eventos previstos para 7 de setembro, o País vai comemorar o bicentenário de sua independência com tranquilidade, sem tumulto, ameaça ou bagunça.