O total de candidatos pretos e pardos para a Câmara dos Deputados aumentou em 2022. Somadas as masculinas e as femininas, serão 4.886 candidaturas, ou 47% dos quase 10,3 mil postulantes. Em 2018, foram 3.586, ou 42% de 8,6 mil.
Dados do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) indicavam nesta quarta-feira (17) o registro de 1.424 candidaturas pretas e 3.462 pardas, conforme os quesitos autodeclarados. Há quatro anos, foram, respectivamente, 937 e 2.649.
Neste ano, a Emenda Constitucional 111 estabeleceu incentivos para a eleição de candidatos negros, além de candidatas mulheres. Os votos nessas candidaturas contarão em dobro para a distribuição de verbas públicas nos próximos anos.
“Para fins de distribuição entre os partidos dos recursos do Fundo Partidário e do Fundo Especial de Financiamento de Campanha (FEFC), votos dados a candidatas mulheres ou a candidatos negros para a Câmara dos Deputados nas eleições realizadas de 2022 a 2030 serão contados em dobro”, diz agora a Constituição.
Embora a emenda constitucional adote a expressão “negros”, a Justiça Eleitoral usa a mesma classificação do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) para autodeclaração de “cor ou raça”: branca, amarela, indígena, parda ou preta.
Considerando a classificação do TSE, as candidaturas masculinas pretas e pardas correspondem, em média, a 6 para cada uma das 513 vagas na Câmara. A Bahia, com 9,5, terá a maior média nacional. Santa Catarina, com 1,3, a menor.