O Distrito Federal terá nas eleições desde ano o maior número de candidaturas femininas por vaga na Câmara dos Deputados. Serão 75 postulantes para uma bancada de oito parlamentares – ou, na média, 9,4 por vaga.
Dados do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) indicavam nesta quarta-feira (17) o registro de 3.548 candidaturas femininas para a Câmara dos Deputados, ou 6,9 para cada uma das 513 vagas. Do total, 11 estados apresentam média inferior à nacional. Esses números ainda poderão ser atualizados pela Justiça Eleitoral.
A Emenda Constitucional 111 estabeleceu incentivos para a eleição de deputadas federais mulheres. Os votos nas candidaturas femininas contarão em dobro para a distribuição de recursos do Fundo Eleitoral entre os partidos a partir de 2023.
As candidaturas femininas neste ano representam 35% do total para a Câmara. Dos quase 10,3 mil postulantes, 416 declararam “deputado” ou “deputada” como ocupação principal. Nesse grupo, segundo o TSE, 62 são mulheres, ou 15% do total de candidaturas – mesmo percentual de eleitas para a Câmara em 2018.
Outras ocupações que se destacam entre todos os candidatos à Câmara são as de empresário, advogado, servidor público e professor, que juntas somam 32% das autodeclaradas. As candidaturas femininas nesses casos correspondem a 1.036, ou, respectivamente, 338 (26% da carreira), 274 (32%), 190 (32%) e 234 (44%).
Entre as candidatas à Câmara, 33% estão na faixa de 41 a 50 anos de idade, e 26% de 51 a 60 anos. A maior parte delas (58%) declarou à Justiça Eleitoral ter concluído o ensino superior. As casadas são 39% do total, e as solteiras, 38%.
Unidade Popular, registrado no TSE em 2019, é o partido com maior proporção de candidaturas femininas (71%) à Câmara, sendo 12 do total de 17 na legenda. Já o Republicanos terá 174 candidatas mulheres, o maior número entre os partidos.